Esta semana tivemos uma convergência entre duas datas significativas: o Dia Mundial do Meio Ambiente e o Corpus Christi.
Será que podemos ver uma relação estre elas?
A primeira foi estabelecida pela ONU, na conferência de 1972. O objetivo é incentivar a preservação dos recursos naturais, promovendo uma postura crítica relação à poluição do ar e das águas, desmatamento, problemas que ameaçam a vida na Terra.
A segunda foi instituída pela Igreja Católica na idade média, para celebrar a presença do Cristo no sacramento da Eucaristia, a hóstia consagrada torna-se Seu corpo. Nas festividades, o santíssimo sacramento é levado para fora da igreja e percorre as ruas ornadas com tapetes coloridos feitos com materiais naturais. Fiéis, ateus, voluntários, artistas e moradores se misturam para confeccionar os tapetes utilizando calcário, serragem, sal, aveia, flores.
Mais que o acaso, a sincronicidade desses eventos aponta para a necessidade urgente de cuidarmos melhor do corpo e da alma da Terra. Ambos convocam pessoas a um despertar da consciência para o sagrado que é o nosso solo e morada.
O contemporâneo e o antigo de mãos dadas para prover nutrição física, anímica, espiritual. Proteção da natureza é autoproteção, conexão com Deus é proteção da vida.
Nosso país é o único no mundo com nome de árvore. E concentra o maior estoque de água doce, a maior quantidade de solo fértil e de espécies animais do planeta.
Para Rudolf Steiner o futuro da evolução consiste em vermos o corpo do Cristo em toda a Terra. Desde que Ele aqui entrou, ilumina o mundo.
Somos chamados a atuar na realidade como cidadãos desse tempo.
E honrar a Terra como esse lugar onde irradia a luz divina.
Eliane Utescher . Psicologia / Processo Biográfico