Desde a década de setenta muitos psicólogos se interessaram pela Antroposofia como complementação profissional. Em 1995, inicialmente com apoio da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica, e posteriormente com a fundação da Diadorim – Associação Brasileira de Psicologia Ampliada pela Antroposofia – foi criado um primeiro curso de formação dirigido especialmente aos psicólogos, e que formou uma primeira turma certificada em Psicologia Antroposófica.
A experiência desse curso de formação foi relatada no Congresso Internacional para Psicoterapeutas Antroposóficos, realizado na Holanda no ano de 1997. Embora essa iniciativa não tenha tido continuidade, sua realização teve como conseqüência a manutenção do interesse de psicólogos clínicos por essa área de conhecimento que buscaram, a partir de então, as formações existentes nas demais áreas de terapias antroposóficas. Há, portanto, no Brasil, um número expressivo de profissionais pioneiros atuando a partir da Antroposofia.
Em 2004 foi organizado um curso de aprofundamento em psicoterapia antroposófica dirigido a psicólogos clínicos e a médicos (psiquiatras ou com alguma formação na área psicológica), ministrado por Adrianus e Henriette Dekkers. Esse grupo de 35 profissionais formou-se em 2006, com o compromisso da criação de uma formação brasileira.
Em março de 2009 iniciou-se o curso de especialização lato sensu (reconhecido pelo MEC) Psicologia Clínica e Antroposofia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em parceria com a Associação Sophia de Educação Antroposófica. Tem por objetivos contribuir para o aprimoramento dos profissionais, para organização acadêmica dessa disciplina, para a produção de trabalhos científicos, para zelar pela qualidade associada ao nome da Antroposofia.
Adelina Rennó