Em seu livro “Homo Deus: uma breve história do amanhã, ”, o historiador Yuval Harari faz uma profunda análise sobre a época atual e a direção que a humanidade toma ao delegar seu poder de decisão às redes tecnológicas.
Segundo ele, nossa inteligência está se apartando da consciência e a informação poderá destruir a liberdade humana.
Em seu perfil no Instagram, ele postou esta semana a seguinte frase: “Para cada dólar e cada minuto que investimos em aprimorar a inteligência artificial, seria sábio investir um dólar e um minuto no avanço da consciência humana”.
Um outro pensador contemporâneo, igualmente brilhante, mas com diferentes pressupostos, recoloca a ética e os valores humanos bem no centro das nossas vidas. Em seu livro “ Deus não está morto”, Amit Goswami se baseia na física quântica para a comprovação da existência de Deus. Propõe o uso do poder desse conhecimento para a transformação pessoal e da sociedade. A fusão entre ciência e espiritualidade.
A união da ciência com a espiritualidade, incluindo a arte, é uma concepção e uma atividade da Antroposofia já desde seu nascedouro com Rudolf Steiner.
Assim, a parte que nos cabe é tornarmo-nos ponte entre as vertentes humanistas e suas práticas, no cotidiano de um mundo adverso. Buscarmos no dia a dia o alinhamento com a nossa essência .
Essa conexão pode se manifestar em diversas situações, seja contemplando a alegria de uma criança entrando no mar, num show de rock com milhares de pessoas cantando em uníssono sob um céu estrelado, em ações solidárias a pessoas atingidas pelas enchentes, assobiando na rua.
“Ouro do Firmamento” é o título de uma pintura de Joan Miró e ilustra uma galáxia.
Ouso dizer que vejo seres humanos nessa composição celeste.
Eliane Utescher Psicóloga / Terapeuta Biográfica
